IPO Instituto: rumo aos 60 anos!

IPO Instituto: rumo aos 60 anos!

Entrevista com a CEO do IPO Instituto, Ana Maria de Freitas

Neste ano, o IPO Instituto celebra 54 anos de história, marcados por ética e compromisso com o desenvolvimento humano. À frente da organização há quase três décadas, Ana Maria de Freitas, CEO do IPO, compartilha conosco sua trajetória, as transformações que acompanhou e a visão de futuro que conduz o IPO Instituto rumo aos 60 anos.

1. Qual é a sua história com o IPO?

Na minha primeira experiência em RH, ainda como estagiária de Psicologia, eu já ouvia minha chefe falar do IPO como uma excelente empresa, referência na área. O nome de Tatiana Wernikoff era sempre mencionado com admiração. Alguns anos depois, já graduada e atuando como recrutadora em uma editora, precisei realizar avaliações de perfil e logo procurei o IPO — isso por volta de 1985. Naquela época, nenhuma movimentação de pessoal era feita sem os laudos do IPO.

Uma década depois, participei de um processo seletivo para uma empresa do varejo de material de construção, e o que me fez aceitar a proposta foi saber que o IPO havia sido contratado para um projeto de desenvolvimento de equipes e lideranças. Era a oportunidade de me reaproximar da Tatiana e do próprio IPO — além de um sinal claro de que a empresa valorizava o investimento em desenvolvimento humano. O trabalho, com duração aproximada de um ano, teve resultados excelentes.

Anos mais tarde, em uma transição de carreira, recebi uma ligação dela me convidando para um projeto de seleção para um cliente do Maranhão — numa época em que o IPO ainda não tinha essa divisão estruturada. Por questões pessoais, eu só tinha as tardes disponíveis, e o projeto, que duraria de 20 a 30 dias, acabou se transformando em 28 anos de parceria. Expandindo e fortalecendo o relacionamento com outros diretores, em especial com Maria Madalena, uma socióloga “in memoriam”, que também fez muito diferença na minha formação e desenvolvimento.

Outras demandas começaram a surgir, e o IPO, que antes não aceitava esse tipo de projeto, passou a me perguntar se eu topava. Assim nasceu uma parceria sólida e duradoura, que ajudou a criar uma nova frente de atuação dentro da organização. No começo, eu era uma “estranha no ninho”: um perfil diferente da equipe da época, mais concentrada, introspectiva e técnica. Fiquei em uma salinha pequena, com um telefone e muita conversa (às vezes até alta demais para o ambiente silencioso!). Mas foi dali que uma linda história começou a se consolidar.

A convivência com pessoas tão humanas e especiais, com interesse genuíno em compartilhar conhecimentos e vivências, foi um marco na minha trajetória. Anos mais tarde, a diretoria iniciou um processo de sucessão, e eu fui uma das convidadas a participar desse momento tão significativo, junto com outra psicóloga.

Nos últimos anos, estou à frente da gestão da empresa, com o suporte de uma equipe excelente, comprometida e inspiradora!

2. O que mais te inspira na trajetória do IPO?

O aprendizado incomensurável ao longo de quase três décadas! Em primeiro lugar, o respeito genuíno pelas pessoas — algo que sempre esteve no DNA do IPO. Também me inspira a diversidade de segmentos que o IPO atua, com os quais pude aprender: indústria automotiva, tecnologia, setor criativo, fast food, terceiro setor e tantos outros, questão extremamente ímpar e relevante para minha trajetória profissional e pessoal. Do Oiapoque ao Chuí, cada cliente trouxe um novo universo de cultura e valores.

Tudo isso aconteceu numa época em que a internet ainda era embrionária — não existia Google, muito menos se imaginava algo como IA ou ChatGPT. O aprendizado vinha da escuta e da convivência direto com as pessoas.

3. Quais transformações mais marcaram os 54 anos do IPO?

Estive presente em metade dessa trajetória, e vivi muitas mudanças — desde crises mundiais e locais até a pandemia, um período assustador que exigiu reinvenção em todos os sentidos. Foram transformações profundas na metodologia, na forma de se relacionar com os clientes, nas equipes e nas tecnologias. Um momento marcante foi a chegada dos inventários online, que revolucionaram as avaliações de perfil. No início, foi assustador — vínhamos de um trabalho artesanal, personalizado, “olho no olho”. Mas aprendemos a integrar tecnologia sem perder nossa essência humana.

4. Como você enxerga o futuro da gestão de pessoas e o papel do IPO nesse cenário?

Vejo o futuro da gestão de pessoas com muito otimismo. Será um campo cada vez mais apoiado na tecnologia, mas sem perder o foco humano. O futuro traz processos ágeis, aprendizado contínuo, modelos flexíveis e híbridos, além de um olhar atento para saúde e bem-estar. A liderança será cada vez mais desenvolvedora de pessoas — e o IPO tem papel essencial nessa transição, aliando técnica, empatia e propósito.

5. Qual valor do IPO permanece inegociável desde o início?

O respeito às diferenças individuais e a diversidade. Além de acolhimento e o interesse genuíno pelo ser humano. Esses princípios são o alicerce da nossa história e continuam guiando todas as nossas decisões.

6. Qual o principal legado que o IPO deixa para o mercado?

Acredito que um dos grandes legados do IPO é ter sido base fortíssima na formação profissional e pessoal de muita gente que hoje ocupa posições de destaque em seus segmentos. Ver essas e esses profissionais brilhando é motivo de grande orgulho, não somente dentro do país, como em outros continentes.

7. O IPO se aproxima dos 55 anos em 2026. Que mensagem você deixaria para esse novo ciclo?

Nos próximos anos, quero fortalecer ainda mais a autonomia da equipe — que cada pessoa possa colocar seus projetos em prática, com o apoio do IPO. Caminhamos rumo à celebração dos 60 anos do IPO Instituto e queremos comemorar esse marco em grande estilo. Até 2031, temos cinco anos pela frente para, mais uma vez, nos reinventar e escrever juntos e juntas uma nova história.

Estamos reunindo boas histórias contadas por quem esteve conosco — pessoas colaboradoras, clientes e admiradores — para o projeto “IPO: rumo aos 60 anos”, que será lançado em 2026. Um convite aberto para olhar o passado com orgulho e o futuro com entusiasmo.

O IPO nasceu olhando para o futuro — e é assim que seguirá: reinventando-se, aprendendo e inspirando novas formas de cuidar das pessoas e das organizações.

📍 Entrevista concedida por Ana Maria de Freitas, CEO do IPO Instituto.
📅 Jundiaí, 05 de outubro de 2025